segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que se perdeu

written by Larissa Rainey at 23:21
Eu nunca tive certeza de muita coisa, mas de uma eu sempre tive: tudo acaba. A nossa vida acaba, então porque devo esperar que algo dure para sempre? 
As pessoas mudam. Diariamente convivemos em sociedade e com pessoas que pouco a pouco vão nos modelando - querendo ou não. Por mais que a gente tente permanecer igual, é em vão. Para melhor, ou para pior - não importa. E como sofrendo todas essas mudanças e influências, dia após dia, esperemos que tudo fique igual? É impossível. Nós amadurecemos, nos interessamos por coisas e pessoas diferentes. Cada filme, cada música, nos altera. A pessoa que eu fui ontem é diferente da pessoa que eu sou hoje e da pessoa que serei amanhã. A Larissa de ontem era triste, deprimida e desanimada. A Larissa de hoje é triste, deprimida, desanimada, estressada, magoada e à beira de um ataque de nervosa. A Larissa de amanhã... vai saber.
Com todas essas mudanças, nós perdemos coisas. Perdemos pessoas, situações e oportunidades. E se eu sinto falta dessas coisas? Algumas sim. As mais importantes. Eu gostaria de poder contar com uma única pessoa, e ficar assim para sempre. Mas novamente, nada é pra sempre. Chega uma hora que não dá mais pra apoiar todo o peso da minha existência nas costas de uma pessoa só. É maldade, se for parar para pensar. O que se perdeu, às vezes dá pra recuperar. Às vezes não. O que se perdeu se perdeu para sempre no fundo do meu mar.
Talvez eu tenha me perdido no fundo do mar e eu esteja lutando para sair. É a única explicação lógica para essa dor. Deve ser a dor da luta constante. Deve ser. Tem que ser...

1 comentários.:

The thousand F's and the 2 L's on 15 de fevereiro de 2011 às 01:02 disse...

Só se esqueceu de uma coisa: as pessoas mudam, mas quando se ama, nós acabamos por mudar os outros junto conosco. Nós não mudamos o suficiente para que o outro não nos reconheça mais e, se ele não faz, é porque algo se perdeu no meio. Mas não culpe a mudança. Seria mais prudente culpar a si mesmo por ter querido mudar. Se não quis... Então pode-se recuperar quem ou o que se perdeu.

Postar um comentário

 

Larissa Rainey Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Vinte e poucos