Quando fecho meus olhos, gosto de imaginar que está chovendo e fazendo sol simultaneamente. O sol machuca minha pele, faz com que ela arda, sofra, queime. Mas a chuva é o antídoto, e logo minha pele volta ao normal. É como se a chuva curasse cada ferida, cada imperfeição, cada falha e levasse embora todas as minhas mágoas, os meus ressentimentos, e o meu ódio. A cada gota eu me torno uma pessoa melhor, mais sábia, consciente, capaz e livre. A cada raio de sol, eu lembro porque estou viva. Ainda tenho que me queimar muito, me machucar, para aprender. A evolução exige isso de todos nós. Nenhuma gota, nenhuma lágrima e nenhum raio de sol é em vão. Cada olhar, cada palavra, cada gesto, cada sorriso, entra para a nossa memória e ajuda a construir nosso acervo pessoal. E cada vez mais construímos nosso destino, vivemos, levantamos a cabeça, caímos e o ciclo sempre continua.
Eu estou aprendendo, lentamente, a perder meu medo de me queimar. Pois sei que após a queimadura, vem a chuva deliciosa e restauradora, para levar embora todos os meus males.
1 comentários.:
OLHA, eu já disse que isso vira música ou é Grey's na veia então pf não faz a louca não.
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