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Acompanho a carreira da Amanda Palmer desde... 2008, creio. Um pouco antes do "No, Virginia" ter sido lançado. E olha que acompanhar a carreira dela dá trabalho - porque ela nunca pára. Logo depois que ela lançou o No Virginia, ainda como parte do duo The Dresden Dolls, ela lançou seu primeiro álbum solo, o maravilhoso "Who Killed Amanda Palmer". Amo demais o WKAP, é um dos meus álbuns favoritos de todo o sempre - principalmente pela sinceridade dele. E então depois foi trabalho atrás de trabalho - fez parte de um duo com Jason Webley: Evelyn Evelyn, fez cover de Radiohead num ukelele, lançou um álbum gravado na Austrália/Nova Zelândia, escreveu uma música sobre pêlos pubianos que se transformou em DOIS cds de remixes, casou com o Neil Gaiman...
E dia 7 de setembro, ela lançou seu terceiro álbum de estúdio: Theatre is Evil, numa colaboração com a Grand Theft Orchestra. Demorei para ouvir inteiro por questões de: agora sou uma mulher trabalhadora e nem tempo para pintar as unhas eu tenho. Mas voltando do trabalho, resolvi escutar. Espero que você faça o mesmo, e logo.
A sonoridade das músicas é bem diferente do que você espera - principalmente para quem está mais acostumado com o punk cabaret seco de Dresden Dolls. Poucas faixas são tocadas no piano, e sempre há guitarras ou baixos acompanhando. Dessa vez, a Amanda não está experimentando e vendo no que vai dar. Desde a composição das letras até as melodias, ela mostra que amadureceu - como pessoa e como cantora/compositora. Para quem conhece bastante a música dela, esse amadurecimento fica nítido e dá até orgulho de ver que ela não se perdeu. Amanda continua sincera, espontânea, questionadora, engraçada e sensível. Ouso dizer que, na verdade, o que acontece em Theatre is Evil é a culminação de todas as coisas que eu amo tanto na Amanda - mas de uma maneira mais crescida e profissional, digamos assim.
Mais um ponto para você amar esse álbum - ele foi financiado inteiramente pelo Kickstarter. Amanda conseguiu que $1,192,793 dólares fossem levantados para que ele fosse distribuído/feito/etc. Ela acredita em crowdfunding e na internet como facilitadora da relação artista/fã, o que é bem incrível. Ela leva isso tão a sério que o nome do álbum era "Theater is Evil", mas depois de uma discussão na fanbase sobre a correta escrita do termo, ela fez uma votação pelo twitter e a versão com "re" foi adotada.
Eu gostaria de falar para vocês qual músicas escutar, mas não consigo decidir quais. Todas são muito boas. E na minha sincera opinião, dentro das coisas que eu gosto, é o melhor álbum que foi lançado esse ano. Poderoso, explosivo, irreverente, incrível. Algumas músicas você ama de cara (tipo Do It With a Rockstar), e outras eu sei que vou precisar de mais tempo para amar... mas não percam esse lançamento. Sério.
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