Sinto-me como se estivesse empoeirada. Mas não poeira qualquer, que se acumula quando estamos parados. A poeira das estrelas está impregnada em meus cabelos, em meus dedos, em meus pés, em meu sorriso. Mal me movo - e a poeira cai em tudo o que toco. Para os apressados, é apenas sujeira. Mas existem aqueles que percebem esse brilho tão tímido - e tenho esperanças de que eles brilhem junto comigo.
Quando me deito e fecho meus olhos cansados, estendo meu corpo num tapete de estrelas. Existem tantas coisas para serem observadas, e questionadas, e amadas... cada estrela me ensina algo diferente, seja mundano ou extraordinário. Brinco com elas, conto a elas sobre o meu dia, sobre as pessoas novas que conheci, sobre as palavras novas que aprendi. Eu e as estrelas trocamos segredos pequeninos e simples - só nossos. De mais ninguém.
Aprendi com as estrelas que nem sempre todos querem compartilhar seu brilho. Nem todos vão enxergar o brilho da sua poeira. Vão pegar uma vassoura qualquer e varrer para bem longe... varrerão, varrerão, até que tudo fique impecavelmente limpo e fosco. Não quero pessoas limpas. Quero os brilhantes empoeirados, quero a mistura entre os cintilantes e minúsculos pedacinhos que deixamos pelo mundo.
Mas nada disso importa. Sou infinita em mim mesma e moldo a minha plenitude como origami - ninguém me diz o que sou, como sou, não me delimito mais. Eu completo os meus vazios, recorto meus pedaços. Eu limpo com precisão magnífica as minhas sujeiras, e quando está limpo demais eu sujo tal como criança irrequieta. Eu sou a mão que me empurra para o precipício e sou a rede que me segura enquanto caio. Não preciso que me movam; crio meu próprio movimento e minha própria gravidade. Eu sou o meu Big Bang, e sou o meu fim do mundo.
O dia mais bonito da minha vida foi o dia que a escuridão se explodiu - todas as estrelas se revelaram para mim, e me revelei estrela também.
Quando me deito e fecho meus olhos cansados, estendo meu corpo num tapete de estrelas. Existem tantas coisas para serem observadas, e questionadas, e amadas... cada estrela me ensina algo diferente, seja mundano ou extraordinário. Brinco com elas, conto a elas sobre o meu dia, sobre as pessoas novas que conheci, sobre as palavras novas que aprendi. Eu e as estrelas trocamos segredos pequeninos e simples - só nossos. De mais ninguém.
Aprendi com as estrelas que nem sempre todos querem compartilhar seu brilho. Nem todos vão enxergar o brilho da sua poeira. Vão pegar uma vassoura qualquer e varrer para bem longe... varrerão, varrerão, até que tudo fique impecavelmente limpo e fosco. Não quero pessoas limpas. Quero os brilhantes empoeirados, quero a mistura entre os cintilantes e minúsculos pedacinhos que deixamos pelo mundo.
Mas nada disso importa. Sou infinita em mim mesma e moldo a minha plenitude como origami - ninguém me diz o que sou, como sou, não me delimito mais. Eu completo os meus vazios, recorto meus pedaços. Eu limpo com precisão magnífica as minhas sujeiras, e quando está limpo demais eu sujo tal como criança irrequieta. Eu sou a mão que me empurra para o precipício e sou a rede que me segura enquanto caio. Não preciso que me movam; crio meu próprio movimento e minha própria gravidade. Eu sou o meu Big Bang, e sou o meu fim do mundo.
O dia mais bonito da minha vida foi o dia que a escuridão se explodiu - todas as estrelas se revelaram para mim, e me revelei estrela também.
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