Estou levemente atrasada para esse review, mas eu queria escutar o cd novo com muita calma e tempo livre para digerir - coisa que aluna em final de semestre não tem.
Não é o primeiro post sobre Through Waves que eu faço, vira e mexe estou mencionando esse projeto no blog. E não faço isso porque sou amiga do Raine, e sim porque eu realmente acredito no potencial desse projeto. Sempre vejo pessoas reclamando que música brasileira não presta, que é uma merda, são apenas peitos e bundas e putaria... Ótimo! Não gosta de nada disso? Dê uma chance aos músicos brasileiros independentes - como o Raine - que colocam a alma em sua música e dão o seu melhor. Pare de reclamar e seja parte da solução. Mesmo que você acabe não gostando, ou que TW não seja o seu tipo de música, existem milhares de outras pessoas fazendo coisas muito boas, prontos para receber amor.
Tá, sermãozinho à parte, vamos à review. Quando o Raine publicou no blog dele, há uns meses atrás que o cd novo não teria letras, eu fiquei levemente preocupada. Eu particularmente amo a escrita dele, e acho que as letras de Through Waves são muito boas e imagéticas. Além do que, letras boas são parte do encanto de qualquer música pra mim. Escuto música instrumental, mas sempre dei preferência para músicas com letra. E Santuário não tem letra. Pensei comigo: "E agora?" Por isso que eu resolvi escutar Santuário com calma e tempo livre pra analisar tudo e não fazer aquela review de "herp derp o cd é muito bom comprem ae". Eu queria escutar e analisar essa nova fase do Through Waves. E entender, porque afinal de contas o amigo é meu e é sempre bom entender os amiguinhos e a arte que eles produzem.
Mas taí a graça do álbum. Santuário não precisa de letra nenhuma pra se explicar. A música é poderosa e não pede desculpas por ser o que é: orgânica, simples e complexa ao mesmo tempo. É o tipo de música para fechar os olhos e não pensar em absolutamente nada. Simplesmente deixe-se levar e imaginar o que você quiser. Os vocais - que são mais sílabas desconexas que se encaixam perfeitamente com a melodia - ajudam a te guiar, mas você caminha para onde quiser. Enquanto Deconstruct the Debris e Sail, Schooner (os outros álbuns) eram presos à forma, Santuário é o oposto. É um álbum livre, cheio de detalhes que não pesam nos ouvidos. Muito bem executado e muito bem gravado - nem dá pra imaginar que o processo todo é feito por uma só pessoa.
Não sei vocês, mas eu estou cheia de orgulho.
As minhas favoritas são:
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E por último, FOTO QUEIMA FILME. (Foto que queima mais o meu filme do que outra coisa, mas né.)
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