Eu tinha começado um texto sobre esse assunto, mas deixei de lado. Mas após ver uma imagem revoltante no facebook, sou obrigada a escrever sobre isso. É o assunto do momento, o babado da hora, a confusão do mês: o "confronto" entre PM e USP.
Não vou começar falando quem está certo e nem quem está errado, por eu estar bem de fora da situação e até porque eu estou longe de ser dona da razão. Mas existem duas coisas que estão me irritando muito nessa história toda: é a maneira com que a mídia está tratando os estudantes e a maneira com que a maioria da população está reagindo.
Sobre manipulação: para mim, nem é esse o problema. Numa sociedade utópica, a mídia é imparcial e transparente, e mostra vários lados da história. Mas não vivemos numa utopia, e a informação que chega até nós através dos meios de comunicação é cortada, distorcida e unidimensional. Isto é esperado de qualquer tipo de comunicação, não apenas da grande mídia. A partir do momento que eu conto sobre algo que eu vivi, eu estou dando a minha versão da história - eu conto o que eu vi e ouvi, com os meus olhos, com as minhas experiências.
De acordo com a mídia, os estudantes que protestam na USP são um bando de maconheiros, que desrespeitam a lei a qualquer custo e só não querem a Polícia Militar lá para poderem fumar um baseado em paz. Ocuparam a reitoria, destruíram tudo. Mas alguém parou para perguntar aos estudantes - envolvidos ou não - o que realmente estava acontecendo? Claro que não.
Tenho duas amigas que estudam na USP - estudam muito, batalham muito pelo que querem, e de acordo com elas (e com textos de outros estudantes que eu li), a coisa não é bem assim. O ponto de partida para a ocupação não foi a maconha - e foi o estopim para uma revolta contra a PM. Lembrando que, nem todos os estudantes que estão insatisfeitos com a PM fumam maconha e são a favor da legalização da mesma. Existem várias coisas em discussão dentro da USP, e a legalização da maconha não é uma delas.
Esse texto que está circulando pelo Facebook é bem explicativo, com pontos importantes sobre o que está sendo reivindicado pelos estudantes - e são coisas que ultrapassam o âmbito da legalização.
Não sou a favor da ocupação. Não acho que um combate corpo a corpo com as autoridades seja o melhor jeito de se lidar com as coisas. Mas o que eu sou a favor é da informação do povo, de procurar vários lados da história, e mesmo que ainda discordem da opinião dos estudantes, tenha argumentos para tal. E não simplesmente compartilhar uma foto falando que você é a favor da polícia "descer o cacete" nos estudantes da USP, porque é ridículo e faz uma apologia desnecessária a violência. Vendo o ardor que as pessoas têm em apoiar a violência - de qualquer maneira - faz com que eu tenha medo de como as coisas serão no futuro.
E eu me pergunto: e se esa confusão toda estivesse acontecendo numa faculdade particular? Como a mídia se comportaria?
Não vou começar falando quem está certo e nem quem está errado, por eu estar bem de fora da situação e até porque eu estou longe de ser dona da razão. Mas existem duas coisas que estão me irritando muito nessa história toda: é a maneira com que a mídia está tratando os estudantes e a maneira com que a maioria da população está reagindo.
Sobre manipulação: para mim, nem é esse o problema. Numa sociedade utópica, a mídia é imparcial e transparente, e mostra vários lados da história. Mas não vivemos numa utopia, e a informação que chega até nós através dos meios de comunicação é cortada, distorcida e unidimensional. Isto é esperado de qualquer tipo de comunicação, não apenas da grande mídia. A partir do momento que eu conto sobre algo que eu vivi, eu estou dando a minha versão da história - eu conto o que eu vi e ouvi, com os meus olhos, com as minhas experiências.
De acordo com a mídia, os estudantes que protestam na USP são um bando de maconheiros, que desrespeitam a lei a qualquer custo e só não querem a Polícia Militar lá para poderem fumar um baseado em paz. Ocuparam a reitoria, destruíram tudo. Mas alguém parou para perguntar aos estudantes - envolvidos ou não - o que realmente estava acontecendo? Claro que não.
Tenho duas amigas que estudam na USP - estudam muito, batalham muito pelo que querem, e de acordo com elas (e com textos de outros estudantes que eu li), a coisa não é bem assim. O ponto de partida para a ocupação não foi a maconha - e foi o estopim para uma revolta contra a PM. Lembrando que, nem todos os estudantes que estão insatisfeitos com a PM fumam maconha e são a favor da legalização da mesma. Existem várias coisas em discussão dentro da USP, e a legalização da maconha não é uma delas.
Esse texto que está circulando pelo Facebook é bem explicativo, com pontos importantes sobre o que está sendo reivindicado pelos estudantes - e são coisas que ultrapassam o âmbito da legalização.
Não sou a favor da ocupação. Não acho que um combate corpo a corpo com as autoridades seja o melhor jeito de se lidar com as coisas. Mas o que eu sou a favor é da informação do povo, de procurar vários lados da história, e mesmo que ainda discordem da opinião dos estudantes, tenha argumentos para tal. E não simplesmente compartilhar uma foto falando que você é a favor da polícia "descer o cacete" nos estudantes da USP, porque é ridículo e faz uma apologia desnecessária a violência. Vendo o ardor que as pessoas têm em apoiar a violência - de qualquer maneira - faz com que eu tenha medo de como as coisas serão no futuro.
E eu me pergunto: e se esa confusão toda estivesse acontecendo numa faculdade particular? Como a mídia se comportaria?
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