sábado, 24 de julho de 2010

Baixo, bem baixinho....

written by Larissa Rainey at 16:07





Eu sou de Áries. 2 de abril. Primeiro signo do horóscopo. Elemento? Fogo. Tem gente que não acredita que os céus interfiram na nossa vida, mas eu acredito. Tem muitas coisas relacionadas ao signo de Áries que muitas vezes eu acho que eu sou a garota-propaganda desse signo. Teimosa, facilmente irritável. Um tornado, furacão, um incêndio. Tanto que, ao lado desse post, tem a parte de "Quem sou eu". E uma das frases pela qual eu me defino: "um incêndio preso num rosto delicado.";
Sim, porque quem me vê não acredita o quão estressada eu sou, o quanto eu odeio certas coisas e o quanto eu posso ficar nervosa diante de certas situações. Eu tenho cara de bobinha, e sei disso. Então quando eu grito, quando eu explodo, quando eu mando todo mundo ir pra puta que o pariu, as pessoas ficam chocadas. Sinceramente? Já estava na hora da humanidade perceber que não se pode confiar nas aparências.
Ultimamente, eu estava bem. Trabalhando, fazendo minhas coisinhas, me estressando de vez em quando, mas quem passa dias sem um stress. Mas parece que hoje, justo hoje, tudo desandou. Como se aquele monstrinho dentro de mim tivesse acordado com um sorriso no rosto. Vamos brincar?, ele diz...
E o motivo é o mesmo de sempre. Quanto mais você espera algo de alguém, menos elas respondem às suas expectativas. Quanto mais eu espero algum tipo de respeito e/ou compreensão de certas pessoas, menos elas me respeitam e me compreendem. Eu não sou o seu cachorrinho. Você não pode me bater, me xingar, gritar comigo e depois de quinze minutos me fazer carinho na cabeça que tudo fica bom de novo.... até você me bater, me xingar e gritar comigo novamente. Isso se tornou um círculo vicioso na minha vida que eu estou afim de quebrar, mas simplesmente não sei como. Porque eu sou o elo fraco. Se eu estou aqui, é por causa dela. Tudo o que eu fizer será - e já é - jogado contra mim. Porque ela tem mais "moral" do que eu. Os filhos são ingratos, uns monstros, egoístas. Será que as pessoas se esquecem tão facilmente dos danos que um dia causaram aos outros? Será que de repente ela se esqueceu de que quando eu estou no topo, eu posso cair na mesma hora? Será que ela se esqueceu de que até eu voltar a esse topo, eu demoro dias? Será que eles esqueceram de que eu não sou o cachorrinho deles? Nem o enfeite deles? "Ah, olhe aqui, a nossa filhinha, ela é ruiva e bonitinha, fala inglês fluente, trabalha e faz Publicidade e Propaganda e vai fazer francês ", mas quando os outros viram as costas, eu viro o monstro ingrato e egoísta. A burra que não sabe nada, a burra que é um lixo só porque não tem um namorado, a burra que é feia e gorda. 
Se fosse qualquer pessoa que falasse isso, eu não ligaria. Mas e quando esses ataques vêm das pessoas que não deveriam falar tais coisas? Tudo bem, eu não sou um buquê de rosas e ninguém é, e faz parte da tarefa deles de me educar e mostrar o que eu estou fazendo de errado. Até aí, ok. Quando eu erro, eu fico com o rabinho entre as pernas (rá) e beleza. Eu estou errada, porra. Mas e quando eu não estou? Eu realmente devo ficar com o rabinho entre as pernas quando eu não fiz NADA e esses 'ataques' são gratuitos? Será que eu sou tão inútil que eu realmente mereço as coisas que ouço?
...
Chega um ponto que não dá mais para escrever. As minhas mãos tremem e eu pareço uma louca enquanto digito isso. Enquanto eu me exponho. Eu não escrevo isso para vocês terem pena de mim e me abraçarem. Eu escrevo isso porque se eu não escrever, eu morro. Simples assim.

Deixarei vocês com um poema da Emilie Autumn (porque os rios da minha vida sempre levam a ela -q) chamado Rant II. Traduzido, claro. O original está aqui.


O que é o sentimento, que pode ser esmagado tão facilmente?


Será que eu construí alguma coisa durante um dia feliz que não pode ser destruído pelas tristezas inevitáveis do amanhã? 
Eu sou tão frágil que apenas uma palavra fora do globo transparente que engloba o meu corpo físico, sendo dito, corta a cúpula invisível e me deixa totalmente indefesa contra o ataque das realidade cotidianas? E o que deverá ser dito para reconstruir essa concha? Será que ela me providenciará algo mais do que algumas poucas horas curtas de divino esquecimento? Ah, mas o que poderá ser realizado em algumas poucas horas? Muitas coisas grandes, e essas coisas, se cuidadosamente construídas, poderão talvez mobiliar uma espécie de sala de espera de um hospital que, na próxima vez que eu não estiver revestida da minha cúpula, eu poderei passar o tempo em ambientes mais confortáveis ao invés de correr diretamente para a sala de operação.

3 comentários.:

Claudia on 24 de julho de 2010 às 17:32 disse...

Nossa. Eu sinto muito por isso. Sei como é quando todo mundo diz q o melhor coisa é voltar pra casa ou akela outra besteira de 'home sweet home' e quando vc pensa na SUA casa, vc quer é distância do inferno q vc passa ali.

Feather and Ink on 24 de julho de 2010 às 18:29 disse...

E mais e mais, humanidade continua a ser a mesma.Parentes, família. Forçando-nos muitas vezes à aquilo que gostam, ao que pretendem. Cobrando-nos, entristecendo-nos. Apesar de tudo, deveria discordar com vós sobre passagens na qual ofende a si própria. Mesmo sendo retóricas. Pois acho demasiado difícil, acreditar que uma pessoa que consegue expor fatos, e escrever deveras bem, e, além de tudo pensar num nível intelectual de crítica como você.Seja burra, seja um lixo. Desculpe-me pelas palavras. Tormento de familiares é algo que vivenciei demais, crede, sei como é difícil e ao mesmo tempo complicado. Apenas, viva como queres viver, faça o que gosta, é o que recomendo. Mesmo sendo este, quem vos fala, longe de ser um perito em conselhos, ou palavras de compreensão.
(:

kika - volta Justus on 20 de agosto de 2010 às 21:57 disse...

Ei.
Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia.
Mesmo assim, eu vou te dar um.
Viva a sua vida PARA você.
Não tente agradar ninguém mais, exceto a si mesma. E diga isso pra toda e qualquer pessoa que merecer ouvir.
Eu já disse e foi libertador:
- "Eu vivo para mim. Não estou buscando aplausos nem aprovação de você e nem de quem quer que seja."
E quando puder, tenha a sua casa. A sua família próxima não vai te respeitar quando/se você tiver dinheiro. Vai te respeitar quando você tiver dívidas/compromissos.
E não esquente muito.
Família é tudo igual, só muda o endereço.

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