Esse livro é o relato verídico de David Gilmour, e conta como ele conseguiu estreitar a relação dele com o filho através do cinema. David é um crítico de cinema, na época desempregado e com o dinheiro contado. Seu filho, Jesse, um adolescente de 15 anos, estava indo cada vez mais mal na escola. Suas notas caíam, ele se recusava a fazer as tarefas de casa, e mostrava um interesse quase nulo pelas atividades escolares. Preocupado, David faz uma proposta radical para Jesse: se ele quisesse, poderia sair da escola e parar de estudar, sem precisar trabalhar ou pagar aluguel... mas com uma condição: teria que assistir com o pai três filmes escolhidos por ele, semanalmente. É aí que nasce o Clube do Filme.
Eu amo a maneira com que David escolheu passar certo conhecimento para o filho através dos filmes - não que estes substituíssem a escola, mas para fazer com que o filho pensasse e treinasse alguma coisa. David separou os filmes por "módulos", cada módulo com um foco. E quanto mais maduras as escolhas dos filmes ficam, a relação de David e Jesse vai evoluindo - Jesse arranja uma namorada, tenta participar de um concurso de rap, encontra outros interesses... E é mais interessante ainda pensar que um pai teve esse tipo de mentalidade - ao invés de punir o filho, criou uma alternativa que estreitou ainda mais seus laços.
E claro, pra quem curte filmes esse livro é um prato cheio - ver Jesse descobrindo grandes clássicos e vê-lo se relacionando com cada filme é incrível, fora as várias críticas sensatas de David. É uma leitura rápida, leve e emocionante.
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