Se você pretende assistir Shortbus e tem cabeça fraca para cenas de sexo explícito, melhor escolher outro filme e ler outra crítica...
No começo, eu fiquei levemente assustada porque não esperava um conteúdo sexual tão explícito - mas aí é que está a graça do filme. Não consegui interpretar as cenas de sexo como pornografia sem sentido; as cenas são bem construídas e atrás de todas as orgias, existe uma história forte e comovente. Aliás, algumas cenas de sexo são engraçadíssimas e isso é genial - tira um pouco da "tensão", por assim dizer.
Uma coisa que me chama a atenção nos dois filmes do Mitchell que eu vi é a capacidade dele de criar personagens cativantes. Não tem como não torcer para que Sophia finalmente encontre seu tão desejado orgasmo, não tem como não ficar com agonia do relacionamento de James e Jamie que vai desmoronando lentamente, e não tem como não amar a Severin, que é minha personagem favorita. Todos eles estão "perdidos", procurando algo - alguns sabem o que procuram, outros não - numa cidade enorme e decadente. E o Shortbus é um lugar onde eles podem ser livres de qualquer amarra social e de qualquer julgamento. Aliás, todas as cenas que se passam dentro do clube dão uma sensação de liberdade e de dominação sobre o próprio corpo incrível.
E ah, duvido que você escute o hino dos Estados Unidos da mesma maneira após ver esse filme.
2 comentários.:
Shortbus é fabuloso, assino embaixo da sua review. O stalker Caleb e Justin Bond são os meus favoritos... E eu torci o filme inteiro pra Sofia finalmente ter um orgasmo de causar blecaute na cidade toda.
E a Daniela Sea? Sempre linda. Quem gosta de The L Word acha ela no filme logo de cara. <3
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